terça-feira, 12 de março de 2013

GNR condenado por abandonar comandante que queria dormir


Um militar da GNR, agora em Mirandela, foi condenado a dois meses de prisão, pena substituída por 60 dias de multa à taxa diária de sete euros, por abandonar o comandante numa patrulha quanto exercia funções em Valpaços.

Segundo a acusação a que a Agência Lusa teve acesso, o arguido, de 43 anos, estava escalado para o serviço de patrulha às ocorrências do dia 26 de março de 2009, entre as 01h00 e as 09h00, por troca acordada com outro militar.

O GNR diz que, depois de darem uma volta pela cidade, o comandante da patrulha, superior hierárquico, pediu ao militar, que conduzia a viatura, para irem até à central de camionagem e estacionar. Entretanto, explica, o comandante "deitou o banco e cerrou os olhos".
O GNR insistiu duas vezes para continuarem a patrulha e, à terceira vez, o comandante disse: "se queres policiar vai tu, deixa-me em paz". O militar saiu da viatura, foi até ao posto a pé e deu conhecimento da situação ao atendimento, que substituía o comando de posto, e continuou o patrulhamento com outra viatura.

"Cerca das 07h00, e como já estavam a chegar os motoristas dos autocarros, o arguido dirigiu-se ao posto e alertou o atendimento para que fosse ele a chamar/acordar o comandante", afiança.
Minutos depois, salientou, o comandante compareceu no posto e continuaram a patrulha juntos até à hora de saída

A acusação realça que o militar "bem sabia" não poder abandonar a patrulha, porque colocava em causa a prontidão operacional necessária ao patrulhamento.

O advogado, António Ribeiro Barbosa, afirmou à Lusa que o militar foi condenado por trabalhar ou querer trabalhar, pelo que vai recorrer da sentença.

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