sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Check-in para um voo que vai cair


Estudo analisa queda de avião em tempo real.

O canal britânico Channel 4 quis saber como é possível sobreviver à queda de um avião (caso não haja uma explosão) com menos ferimentos possíveis e decidiu munir um Boeing 727 de câmaras de filmar antes de fazer com que este se esborrachasse no deserto do México. O objectivo das filmagens é observar como se comportam os manequins que substituem os passageiros e que tipo de estragos o aparelho ia sofrendo e quais as maiores zonas de impacto.

Uma equipa de investigadores esteve a cargo de avaliar o projecto, baseando-se em diferentes parâmetros, e revelaram que comportamentos se devem adoptar em situações críticas. E, afinal, colocar a cabeça entre as pernas pode mesmo salvar-nos a vida, mas manter a cabeça de uma criança nos joelhos da mãe revela-se inútil, por exemplo.

Todas as quedas são diferentes, mas baseando-se na avaliação dos resultados, os investigadores assinalaram que os passageiros sentados nas primeiras filas têm menos probabilidades de sobreviver, os que se fixam no centro do avião têm menos ferimentos e nas traseiras saem praticamente sem qualquer dano, a força de impacto na parte da frente do aparelho chega a um máximo de 12 G (12 vezes a força da gravidade), no centro a menos de 8 G e atrás a 6 G. Os manequins sem cinto de segurança apertado foram projectados para o banco da frente com possíveis ferimentos graves e traumatismos.

O motor situado por debaixo das asas do avião partiu-se, tal como deve ser, para que não se rompam os tanques de combustível e causem uma explosão. As asas permaneceram, ou seja, não partiram e o computador central manteve-se praticamente intacto.

As portas das bagageiras, ou portas com fechadura, mantiveram-se intactas, mas com alguns estragos e objectos partidos espalhados que poderiam magoar os passageiros. Os painéis no tecto caíram e a instalação eléctrica ficou revirada.

O canal de televisão fez um documentário, onde segue a equipa de cientistas, peritos e pilotos que participaram no projecto. O modelo utilizado, o Boeing 727, é um avião com 170 lugares que surgiu nos anos 60 e não corresponde aos parâmetros de segurança exigidos nos nossos dias.

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