Cientista diz ter descoberto qual o vulcão que arrefeceu a Terra no século XIII
Enigma da vulcanologia só será desvendado com a publicação do estudo realizado por Franck Lavigne
Um dos grandes mistérios da vulcanologia pode estar prestes a ser resolvido. No século XIII, uma das mais potentes erupções dos últimos sete mil anos largou nuvens de cinza que provocaram um arrefecimento temporário do planeta.
Os cientistas tinham indícios da ocorrência deste fenómeno, mas não sabiam onde nem quando aconteceu com exactidão. Franck Lavigne, da Universidade de Panthéon-Sorbonne (França), acredita ter resolvido o mistério, mas só vai revelar os resultados da investigação com a publicação dos mesmos.
O investigador partilhou dados e fotografias dos vestígios daquele que defende ser o super-vulcão num encontro da União Geofísica Americana (AGU). No entanto, diz que só revela o nome do mesmo no trabalho que publicar numa revista com revisão por pares. Provavelmente, o vulcão será um dos muitos que se encontram na Indonésia.
Esta grande erupção está datada, até agora, do ano 1258, já que núcleos de gelo da Gronelândia e da Antárctida contêm enormes quantidades de enxofre dessa época. Anéis das árvores, registos históricos e outras provas revelam que o planeta arrefeceu pouco tempo depois.
A erupção libertou partículas de enxofre para a atmosfera superior que se estenderam por todo o mundo. Estas, porque reflectiam a luz solar, ajudaram a provocar um arrefecimento temporário do planeta.
Até agora, os principais candidatos a protagonistas da erupção eram El Chichón (México) e Quilotoa (Andes equatorianos). No entanto, a composição química das rochas dos vulcões não coincide com o enxofre de 1258 encontrado no gelo.
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