O carro eléctrico já é uma realidade mas ainda não teve a aceitação desejada por parte dos consumidores. O preço sempre foi um factor muito decisivo e, para além destes carros serem um pouco mais caros do que um carro a gasolina equivalente, há ainda aquela barreira mental de que dentro de uns tempos temos de voltar a puxar da carteira para comprar baterias novas.
À parte de movimentos e truques de lobbies de petróleo, muitos apontam que o principal razão do insucesso dos carros eléctricos são as baterias, e é verdade que face a um carro a gasolina é um bocado incómodo andar com o medo de não ter bateria ou andar sempre a carregar.
Quem anda na cidade e utiliza o carro para ir para o trabalho (não é “para trabalhar”, atenção), raramente faz 200km por dia. Conheço muitas pessoas que, devido ao preço a que está o combustível e à situação económica, só enchem o depósito com 10€… por isso o “nível de medo” de ficar apeado é semelhante.
O físico Winfried Wilcke pretende continuar a apostar nas chamadas “baterias a ar”. Chamam-se assim porque o oxigénio tem um papel relevante no seu funcionamento. Wilcke estuda vários materiais que podem ser utilizados em conjunto com o lítio e com os eléctrodos das baterias para ter o que toda a gente quer: mais autonomia (da ordem dos 800km) e menos tempo de carregamento (não divulgado). O super computador Blue Gene da IBM está a ser uma ajuda preciosa para achar e estudar as combinações e reacções dos vários materiais, tudo em simulação, para se reduzir a amostra e chegar mais rapidamente à solução. Segundo Wilcke já testaram vários dos materiais que o Blue Gene sugeriu e dos materiais é bastante promissor (é segredo) e que esperam ter um protótipo funcional em 2013.
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